Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, a cidade de Belém, no Pará, será palco de um dos eventos mais importantes da história ambiental mundial: a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conhecida como COP 30. Este encontro global promete ser um marco decisivo nas discussões sobre o futuro climático do nosso planeta.
O que é a COP 30 e por que ela é tão importante
A COP 30 é a 30ª edição da Conferência das Partes, um encontro anual promovido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O objetivo principal desta conferência é avaliar o progresso na implementação das medidas acordadas para mitigar as mudanças climáticas e estabelecer novos compromissos para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A escolha de Belém como sede não é coincidência. A cidade está localizada no coração da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo e um dos ecossistemas mais importantes para o equilíbrio climático global. Sediar a COP 30 na Amazônia simboliza o reconhecimento da região como protagonista nas discussões climáticas mundiais.
Quem participa da COP 30
A conferência contará com a participação de representantes dos 197 países signatários da UNFCCC, incluindo tanto nações desenvolvidas quanto em desenvolvimento. Além dos governos nacionais, estarão presentes organizações internacionais como ONU e Banco Mundial, empresas de diversos setores comprometidas com a sustentabilidade, comunidades indígenas e tradicionais especialmente da região amazônica, acadêmicos e pesquisadores especializados em mudanças climáticas, organizações não governamentais ambientais e sociais, além de membros da sociedade civil engajados na causa climática.
O evento deve reunir mais de 40 mil pessoas durante os principais dias da conferência, tornando-se um dos maiores encontros sobre meio ambiente já realizados no Brasil.
Os acordos e temas em discussão
A COP 30 será marcada pelo décimo aniversário do Acordo de Paris, firmado em 2015, que estabeleceu metas ambiciosas para limitar o aumento da temperatura global. Durante a conferência, os países deverão apresentar suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, que são compromissos climáticos nacionais atualizados.
As discussões focarão em manter o aquecimento global abaixo de 2°C, com esforços para limitá-lo a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Um dos temas mais debatidos será o cumprimento dos compromissos financeiros assumidos pelos países desenvolvidos para apoiar nações em desenvolvimento na adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
A conferência também abordará questões de justiça climática, garantindo que as ações climáticas beneficiem comunidades vulneráveis e promovam uma descarbonização inclusiva, sem ampliar desigualdades sociais. A transição energética ocupará lugar de destaque, com foco em acelerar a mudança de combustíveis fósseis para fontes renováveis, descarbonizando setores como indústria e transporte.
As discussões sobre proteção da biodiversidade também ganharão espaço, especialmente sobre como integrar a conservação da biodiversidade com as ações climáticas em biomas como a Amazônia.

O que já foi conquistado até agora
Desde a adoção do Acordo de Paris em 2015, diversos avanços significativos foram alcançados. Mais de 190 países apresentaram suas NDCs iniciais, enquanto dezenas de nações se comprometeram com metas de neutralidade de carbono até 2050. Políticas nacionais de energia renovável foram implementadas em diversos países ao redor do mundo.
No campo tecnológico, observamos uma redução drástica nos custos de energia solar e eólica, o desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono, e um crescimento exponencial do mercado de veículos elétricos. A mobilização financeira também avançou com a criação de fundos climáticos internacionais, o crescimento dos investimentos ESG e o desenvolvimento de mercados de carbono.
Compromissos já assumidos para a COP 30
Diversos países e organizações já anunciaram compromissos importantes para serem apresentados na COP 30. A União Europeia comprometeu-se a reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050. Os Estados Unidos retornaram ao Acordo de Paris e estabeleceram meta de reduzir emissões em 50-52% até 2030.
A China anunciou o objetivo de atingir o pico de emissões antes de 2030 e a neutralidade de carbono até 2060. O Brasil comprometeu-se a reduzir as emissões em 50% até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050, com foco especial na redução do desmatamento. No setor privado, centenas de empresas globais aderiram à iniciativa Science Based Targets, estabelecendo metas de redução de emissões baseadas na ciência climática.
Desafios e expectativas
Apesar dos avanços, muitos especialistas consideram que os compromissos atuais ainda são insuficientes para evitar os piores cenários das mudanças climáticas. A COP 30 será uma oportunidade para revisar e fortalecer as metas nacionais de redução de emissões, acelerar a implementação de políticas climáticas efetivas e aumentar o financiamento para países em desenvolvimento.
A conferência também buscará integrar melhor as agendas climática e de biodiversidade, além de promover maior participação de comunidades locais e indígenas nas decisões que afetam seus territórios e modos de vida.
O papel especial da Amazônia
Sediar a COP 30 em Belém destaca a importância da Amazônia no contexto das mudanças climáticas globais. A floresta amazônica armazena cerca de 10% do carbono mundial, regula o ciclo hidrológico de toda a América do Sul, abriga a maior biodiversidade do planeta e é lar de centenas de povos indígenas e comunidades tradicionais.
A conferência será uma oportunidade única para colocar a preservação amazônica no centro das discussões climáticas mundiais e buscar soluções que conciliem conservação ambiental com desenvolvimento sustentável. A participação das comunidades tradicionais e povos indígenas ganhará destaque especial, reconhecendo seu papel fundamental na proteção da floresta.
A Dinâmica Ambiental e seu compromisso com a COP 30
Oferecemos soluções que tornam a gestão urbana de resíduos mais eficiente e segura, promovemos a economia circular através de tecnologias inovadoras de reciclagem, e nossas atividades contribuem diretamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Protegemos ecossistemas através da gestão adequada de resíduos perigosos e desenvolvemos parcerias estratégicas que amplificam nosso impacto positivo.





