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Maior aterro sanitário da China atinge a capacidade máxima

Local atingiu a sua capacidade máxima 25 anos antes do previsto

O aterro de Jiangcungou, localizado na cidade de Xi’an, na província de Shaanxi, é o maior da China. Construído em 1994 atender mais de oito milhões de pessoas, o local foi projetado para funcionar até o ano de 2044, ou seja 50 anos, mas se esgotou no último mês de novembro, 25 anos antes do previsto. Os planos para este local é que ele seja aterrado e transformado em parque ecológico.

O local ocupa uma área de 700 mil metros quadrados (que corresponde a cem campos de futebol), com 150 metros de profundidade e uma capacidade de armazenamento de mais de 34 milhões de metros cúbicos. Projetado para receber 2.500 toneladas de lixo por dia, o depósito recebeu 10 mil toneladas diárias, de várias partes da China.

E para resolver o problema de Xi’an no início de novembro foi inaugurada uma nova planta de incineração de resíduos, além disso, espera-se que pelo menos mais quatro sejam inauguradas ainda este ano. Juntas elas devem processar 12.750 toneladas de lixo diariamente.

Mas o problema com o gerenciamento de resíduos na China é bem antigo. Não foi só o aterro de Jiangcungou que teve a sua capacidade esgotada. Isso já aconteceu com outros aterros, como o de Hangzhou, outra megacidade do leste da China, que teve a sua capacidade esgotada em 2017.

Agora, o país enfrenta um desafio complexo, que é o de gerenciar todo o lixo produzido por uma população urbana em expansão e cada vez mais rica. De acordo com informações de mídias locais, o governo tem tentado incentivar as pessoas a reciclarem mais, mas as taxas permanecem baixas devido à falta de infraestrutura e hábitos de separação de resíduos entre os moradores.

Soluções em andamento

Em julho deste ano, Xangai se tornou a primeira cidade a implementar regras obrigatórias para a separação e classificação do lixo, exigindo que os moradores separem os resíduos domésticos em quatro categorias: perigosos, recicláveis, restos de alimentos e resíduos sólidos não recicláveis. Os que não respeitarem a lei são penalizados com multas pesadas, além de terem a redução do crédito social.

Hoje Xangai recicla apenas 10% de seu lixo doméstico, uma taxa muito baixa se comparada aos 20% e 30% de Tóquio e Londres, de acordo com dados compilados por Chu Dajian, chefe de um centro estratégico de sustentabilidade da Universidade Tongji.

O governo chinês se comprometeu em gerenciar a classificação de resíduos em 46 grandes cidades até este ano. O objetivo é fazer com que a taxa de reciclagem no país seja elevada para 35%.