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Novo método converte plásticos em combustível

Método utiliza o polipropileno (PP) para criar matéria-prima para o combustível

Os resíduos de polipropileno (PP) representam cerca de 23% do total de resíduos plásticos descartados. E mesmo sendo um material 100% reciclável, boa parte acaba tendo como destino final os aterros sanitários.

Pensando em uma melhor solução para este resíduo, a professora da Universidade de Purdue, que fica em West Lafayette, Indiana (EUA), Linda Wang, liderou uma pesquisa que tem o objetivo de transformar o polipropileno (PP) em combustível. “Esses plásticos se degradam lentamente e liberam microplásticos e produtos químicos tóxicos na terra e na água. Isso é uma catástrofe, porque, uma vez que esses poluentes estão nos oceanos, é impossível recuperá-los completamente”, explica a pesquisadora em uma entrevista para o site The Chemical Engineer.

O método

Linda e sua equipe adotaram a liquefação hidrotérmica no experimento, que faz uso de altíssimas temperaturas – que vão de de 380 a 500ºC – e muita pressão para transformar um resíduo em óleo bruto, semelhante ao petróleo. Com este processo, que leva minutos, é possível fazer o que a natureza levaria milhões de anos. “Nossa estratégia é criar uma força motriz para a reciclagem, convertendo resíduos de poliolefina em uma ampla gama de produtos valiosos, incluindo polímeros, nafta (uma mistura de hidrocarbonetos) ou combustíveis limpos”, acrescentou Wang. “Nossa tecnologia de conversão tem potencial para aumentar os lucros da indústria de reciclagem e diminuir o estoque de resíduos plásticos do mundo”, explica a pesquisadora.

A equipe também fez testes utilizando um processo chamado Supercritical Water Liquefaction (SWL). Com isso, eles conseguiram um rendimento de 90% de óleo bruto.

O óleo produzido com o processo SWL possui propriedades semelhantes à gasolina, além disso, também é esperado que esta técnica tenha um menor consumo de energia com maior eficiência energética (em comparação à reciclagem mecânica) e que apresente de 5 a 16 vezes menos emissões de gases de efeito estufa em comparação com a incineração, mas ainda é necessária uma análise mais minuciosa para avaliar a demanda de energia dessa tecnologia.

Agora, Wang e sua equipe estão em busca de investidores ou parceiros que ajudem a colocar esta tecnologia em escala comercial.