Nos últimos anos, a sigla ESG se tornou um mantra no mundo corporativo. Ambiente, sociedade e governança passaram a ser temas centrais nas discussões de negócios. Mas recentemente, alguns acontecimentos fizeram muita gente se perguntar: será que o ESG está com os dias contados?
A mudança de nome do certificado do CFA Institute e as pautas de Donald Trump nos Estados Unidos parecem indicar um recuo nas práticas sustentáveis. No entanto, olhando mais de perto, percebemos que essa impressão não passa de um mal-entendido.
O que realmente está acontecendo é uma evolução na forma como falamos sobre sustentabilidade. O CFA Institute, por exemplo, não está abandonando os princípios ESG, mas sim adaptando sua linguagem para evitar conflitos políticos, especialmente nos Estados Unidos. É como trocar a embalagem, mas manter o mesmo produto de qualidade dentro.
No Brasil, a história é um pouco diferente
Nossa jornada rumo à sustentabilidade tem características próprias e, em muitos aspectos, estamos até mais avançados que outros países. Enquanto nos EUA o termo ESG pode estar carregado de tensões políticas, por aqui ele continua sendo sinônimo de boas práticas e visão de longo prazo.
E não para por aí. As empresas brasileiras estão cada vez mais engajadas com a sustentabilidade. A maioria já divulga relatórios sobre suas práticas ambientais e sociais, e muitas integram esses princípios em suas operações diárias, desde a gestão de pessoas até as decisões estratégicas.
A nova geração de profissionais e consumidores, especialmente a Geração Z, está cobrando ainda mais transparência e responsabilidade das empresas. Eles não querem apenas produtos e serviços de qualidade, mas também organizações que se preocupem genuinamente com o impacto de suas ações no mundo.
Esse movimento não é apenas uma tendência passageira
Na Bolsa de Valores brasileira, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) vem crescendo ano após ano, mostrando que investir em sustentabilidade é bom para os negócios e para o planeta.
Claro, ainda temos um longo caminho pela frente. Muitas empresas estão apenas começando sua jornada sustentável, e há desafios a serem superados. Mas o importante é que a direção está clara: o futuro dos negócios é sustentável, seja qual for o nome que demos a essas práticas.
Então, não se engane com as manchetes alarmistas. O ESG não está morrendo; está evoluindo. As empresas que entenderem isso e se adaptarem estarão mais bem posicionadas para prosperar num mundo que exige cada vez mais responsabilidade e visão de longo prazo.
E você, como está encarando esse desafio na sua empresa? Já começou a pensar em como integrar práticas sustentáveis no seu negócio? Lembre-se: não importa o tamanho da sua organização, cada passo em direção à sustentabilidade conta. Afinal, cuidar do planeta e das pessoas não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de criar valor duradouro para todos.