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Cientistas criam embalagem biodegradável para alimentos

A inovação é capaz de matar bactérias.

Cientistas de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, desenvolveram um material biodegradável para embalagens de alimentos que mata micróbios nocivos, além de prolongar a vida útil de frutas frescas de dois a três dias.

Ter uma alternativa antibacteriana e biodegradável para embalagens de alimentos pode ser extremamente benéfica para a redução de resíduos e segurança alimentar. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, recipientes e embalagens constituem a maior parte dos resíduos sólidos urbanos, totalizando 82,2 milhões de toneladas geradas em 2018.

Embalagens são definidas como os produtos usados ​​para embalar ou proteger mercadorias, incluindo alimentos, bebidas, medicamentos e produtos cosméticos. A nova embalagem é destinada a itens alimentícios como carnes cruas, peixes, frutas, legumes e refeições prontas.

Foto: Um só Planeta

A professora Mary Chan, diretora do Centro de Bioengenharia Antimicrobiana da NTU que co-liderou o projeto, afirma que o objetivo da equipe é substituir as embalagens plásticas convencionais pelo novo material que também dobrará a vida útil dos produtos.“Os vegetais são uma fonte de desperdício porque, mesmo refrigerados, continuarão a respirar, levando à deterioração após uma ou duas semanas. Com a embalagem antimicrobiana, há a chance de prolongar sua vida útil e também fazer com que os legumes e frutas pareçam frescos por mais tempo.”, afirma a diretora.

A embalagem plástica para alimentos recém-desenvolvida é feita de uma proteína do milho chamada zeína, amido e outros biopolímeros de origem natural, infundidos com um coquetel de compostos antimicrobianos naturais, incluindo óleo de tomilho e ácido cítrico. Quando expostas a um aumento de umidade ou enzimas de bactérias nocivas, as fibras da embalagem liberam os compostos antimicrobianos naturais, matando bactérias perigosas comuns que contaminam os alimentos, como E. coli, Listeria ou fungos. A embalagem é projetada para liberar a quantidade necessária de compostos antimicrobianos em resposta à presença de umidade ou bactérias adicionais. Isso garante que a embalagem possa suportar várias exposições e durar meses.

Como os compostos combatem qualquer bactéria que cresça na superfície da embalagem, bem como no próprio produto alimentício, ele tem potencial para ser usado em uma grande variedade de produtos, incluindo alimentos prontos, carnes cruas, frutas e vegetais. De acordo com os cientistas, um experimento mostrou que os morangos que foram embrulhados na embalagem permaneceram frescos por sete dias antes de desenvolver o mofo, em comparação com os que foram mantidos em caixas de plástico de frutas convencionais, que permaneceram frescos por apenas quatro dias.

Ficamos na torcida para que essa inovação seja aceita pelas empresas. Isso muda não só a quantidade de resíduos de embalagem, como a quantidade de resíduos orgânicos que são desperdiçados no nosso dia a dia.

Fontes: FSN | Um Só Planeta