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Cabelo humano usado para medir a poluição

O cabelo humano pode ser uma ferramenta para medir a toxicidade de uma cidade. É o que dizem pesquisadores e arquitetos londrinos que vêm analisando amostras desse resíduo como forma de mapear os níveis de poluição em diferentes áreas de Bangkok. As amostras contendo maiores quantidades de metais pesados ​​indicam níveis mais elevados de toxicidade ambiental.

O projeto chamado Folículo começou como uma investigação sobre o potencial do cabelo como material arquitetônico. Tudo porque, a cada ano, o Reino Unido soma 6,5 milhões de quilos de resíduos de cabelo humano e esse número ascendeu um alerta aos pesquisadores, que sentiram que o material poderia ser um recurso inexplorado para a construção sustentável.

No entanto, depois de aprender sobre a presença de metais pesados no cabelo, os arquitetos perceberam que também poderiam usá-lo como ferramenta de pesquisa em cidades com níveis perigosamente altos de poluição.

Como tudo começou

Primeiro, foi montada uma estação de teste na capital tailandesa, que ganhou as manchetes no início de 2019 depois que altos níveis de poluição forçaram todas as suas 437 escolas a fecharem.

Vista aérea da poluída Bangkok.

Depois, os arquitetos convidaram os visitantes a cortar voluntariamente uma pequena parte de seus cabelos e enviá-los para análise, junto com detalhes sobre o dia a dia deles. Essas informações foram importantes exatamente porque a toxicidade do cabelo é afetada por escolhas de estilo de vida (por exemplo, fumar e tingir o cabelo levam a um maior teor de metal).

O resultado? Bem, descobriu-se que as pessoas que moravam perto das principais rodovias tinham um volume notavelmente maior de arsênico no cabelo. A partir daquele momento, foi possível relacionar a toxicidade capilar e poluição no contexto de Bangkok. Os arquitetos têm usado as informações coletadas para produzir um mapa 3D interativo da cidade que mapeia a toxicidade variável em diferentes áreas.

Expectativas e perspectivas

No futuro, espera-se estabelecer estações de teste em mais cidades, para que seja possível expandir uma compreensão mais ampla das ligações entre as condições urbanas e a toxicidade do cabelo.

Ainda não sabemos os desdobramentos sobre esta possibilidade. De toda forma, é fascinante ver a tecnologia sendo usada para descobrir formas tão diferenciadas e precisa de entender o impacto prejudicial da ação humana no ambiente e como podemos reverter isso. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos!

Fontes: Future Architecture | Dezeen