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Entenda como funciona o processo de destinação final de resíduos sólidos

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Quando se fala em destinação final do lixo, a primeira imagem que vem à mente da maioria das pessoas é a do aterro sanitário. No entanto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) determina que a destinação final deve abranger outras etapas: compostagem de lixo orgânico, reutilização, reciclagem, aproveitamento para geração de energia como o biogás, tratamento (mecânico, bioquímico e térmico) e a disposição final do lixo.

Principais tipos de resíduos sólidos

Resíduos urbanos

Este tipo de resíduo é gerado em imóveis residenciais, comerciais, empresas prestadoras de serviços ou provém do serviço público de limpeza urbana.

Resíduos industriais

São resíduos produzidos por indústrias de vários segmentos, sendo que esses detritos podem ser sólidos, semissólidos, líquidos ou gasosos. Não são coletados pelo serviço público, pois a maior parte dos dejetos industriais contém substâncias contaminantes.

Resíduos da Construção Civil

Resíduos de obras como construção, reforma, pavimentação de vias, terraplanagem, fábricas de blocos, tijolos, materiais pré-moldados ou pré-fabricados, demolição, tubulações, entre outros tipos.

Resíduos eletrônicos

São os componentes, insumos e sucatas descartados, do início da cadeia produtiva até o consumidor final de produtos eletroeletrônicos.

Resíduos hospitalares

Resíduos produzidos em serviços públicos e privados de saúde humana e animal como clínicas médicas, odontológicas, veterinárias, farmácias, laboratórios, funerária, acupuntura, estúdio de tatuagem, entre outros. Esse tipo de lixo é classificado conforme as características físicas, químicas, biológicas, estado da matéria e origem. Não pode ser descartado junto com o lixo comum.

Como é o processo de gestão de resíduos sólidos

Fontes geradoras e inventário de resíduos

A eficácia da gestão de resíduos sólidos passa pelo conhecimento sobre as fontes geradoras de lixo, tipo e quantidade estimada de resíduos. As informações são importantes para planejar o gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo o sistema de coleta seletiva, logística reversa, participação efetiva do setor privado e ações de educação ambiental.

Classificação dos resíduos

É necessário agrupar os resíduos sólidos em resíduos recicláveis e não recicláveis. Os materiais recicláveis podem ser encaminhados a cooperativas e usinas de reciclagem. Os resíduos não recicláveis também precisam ser separados, pois cada grupo tem um destino específico. Alguns materiais podem ser encaminhados para um processo de descaracterização e logística reversa.

Acondicionamento

O acondicionamento dos resíduos é feito conforme as características dos materiais. Por exemplo: o lixo hospitalar deve ser acondicionado em recipientes específicos como as caixas de perfurocortantes, usadas para coletar agulhas, lâminas e outros. Em cidades com sistema de coleta seletiva, há contêineres ou pátios para receber lixo reciclável, entulho, podas de jardins, por exemplo.

Coleta e transporte

A coleta e transporte de lixo é feita pelas prefeituras ou por empresas especializadas, contratadas pela administração pública. O lixo doméstico, por exemplo, é transportado por caminhões compactadores até o local onde será feito o transbordo para caminhões maiores que levarão os resíduos ao aterro sanitário.

Disposição final de resíduos em aterro sanitário

O aterro sanitário é o destino final dos resíduos sólidos coletados em cada cidade. Em geral, um aterro sanitário atende vários municípios. Com a maior parte das cidades brasileiras não possui um sistema de coleta seletiva, há muito lixo reciclável misturado aos resíduos que são levados para aterros sanitários.

Por ser um empreendimento privado, é necessário pagar para depositar o lixo nesses locais. A legislação ambiental é bem rigorosa com relação à implantação e controle de aterros sanitários devido aos impactos gerados ao meio ambiente, principalmente quanto ao lençol freático e o solo.