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Mudanças climáticas: os impactos do efeito estufa e aquecimento global

Efeito estufa e aquecimento global são alguns dos termos que integram o debate ambiental e ganham ainda mais destaque todo 16 de março, Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas.

A data chama a atenção para a necessidade de ações urgentes que reduzam o impacto desses problemas  sobre o planeta. O efeito estufa é um fenômeno natural que garante a temperatura adequada para a vida na Terra e consiste em uma camada de gases que a envolve. Porém, nas últimas décadas, a emissão de gases poluentes, decorrentes de atividades humanas, aumentaram a concentração desses gases na atmosfera. Com isso, a camada de gases ficou mais espessa, dificultando a dispersão da radiação solar, provocando maior retenção de calor e o aumento de temperatura na Terra, o chamado aquecimento global.

Essas mudanças têm colocado em risco, por exemplo, todos os avanços em saúde pública dos últimos 50 anos, como apontou um relatório divulgado pela Lancet, conceituada publicação científica de medicina.

O levantamento, elaborado por 24 instituições acadêmicas e organizações intergovernamentais, juntou dados de saúde em todos os continentes e contou com uma equipe que incluiu ecologistas, cientistas, economistas, engenheiros e especialistas em comida, transporte, energia e saúde pública.

Segundo o relatório, uma das principais evidências do impacto da mudança climática são as ondas de calor que, como temos visto, estão cada vez mais intensas e frequentes. Com o clima mais quente, as pessoas têm menos resistência ao trabalho, o que resulta em uma diminuição de 5,3% da força mundial de trabalho.

Os impactos causados também são letais. A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que nove em cada dez pessoas respiram ar poluído diariamente. Poluentes microscópicos podem penetrar nos sistemas respiratório e circulatório, danificando pulmões, coração e cérebro. Isso resulta na morte prematura de sete milhões de pessoas todos os anos por doenças como câncer, acidente vascular cerebral e problemas cardiovasculares e pulmonares.

Desastres climáticos

As mudanças climáticas também estão relacionadas aos desastres climáticos (como seca, inundações, ciclones e incêndios), cada vez mais constantes A maior parte destes eventos são consequência do aquecimento climático produzido por ação humana: aumento das temperaturas, do teor de água na atmosfera e da temperatura dos oceanos.

Além do abalo social, os danos se estendem ao âmbito da economia. Em análise dos dados climáticos e econômicos de 181 países, divulgados pela organização alemã Germanwatch, em dezembro do ano passado, o Brasil está entre os 18 países com mais perdas econômicas decorrentes de desastres climáticos. As perdas anuais passam de US$ 1,7 bilhão ao ano (R$ 6,5 bilhões), na média dos últimos vinte anos.

Prejuízos no setor agropecuário

Ainda na questão econômica, as mudanças climáticas impactam negativamente nessa área, já que ela depende de condições especiais como temperatura e precipitação. A situação coloca em risco a segurança alimentar no país.

Preocupação e ação

As mudanças climáticas lideram a lista das maiores preocupações mundiais sobre segurança, à frente do terrorismo e dos ataques cibernéticos, como mostrou estudo divulgado em fevereiro pelo Centro de Pesquisas Pew, com sede em Washington, nos Estados Unidos.

A apreensão com a questão foi apontada pela maioria dos entrevistados em 13 dos 26 países onde a pesquisa foi realizada, incluindo o Brasil. Por aqui,  o tema foi lembrado como principal fator de preocupação por 73% das pessoas entrevistadas.

Para reverter esse cenário, são necessárias estruturas públicas mais preparadas para uma vida sustentável, o que inclui o foco em alternativas mais eficientes de transporte, moradia e utilidades.

Já por parte da população, ações simples são de extrema valia no combate à mudança climática. Utilizar lâmpadas e eletrodomésticos com alto nível de eficiência energética; se possível, optar pelo uso de energia renovável, como o painel solar; diminuir o uso do carro, preferindo o transporte público, bicicleta ou caminhada e optar por produtos de origem sustentável são algumas das iniciativas que podem fazer a diferença para a vitalidade do planeta. Se esse problema não for controlado, promoverá o retrocesso de uma grande parte dos progressos realizados nos últimos anos em termos de desenvolvimento.