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O custo ambiental de uma internação

Cuidados com a saúde causam impactos ambientais que variam entre 1% e 5% do total dos impactos globais, dependendo do indicador.

Todos nós passamos a ficar mais atentos à saúde nos últimos anos e, com isso, ficamos ligados também aos tipos de resíduos que esse cuidado demanda. Já sabemos como descartar adequadamente as máscaras que não são reutilizáveis para evitar a poluição de EPI e como cuidar das versões de pano para que elas não nos exponham a toxinas.

Mas não é só isso. É importante ampliar a perspectiva individual porque o setor de saúde causa uma parte substancial das emissões mundiais de gases de efeito estufa e poluentes do ar: 4,4% dos gases de efeito estufa, 2,8% de partículas nocivas (partículas do ar), 3,4% de óxidos de nitrogênio e 3,6% de dióxido de enxofre.

A UTI quase 140 kg CO2 por leito ao dia. A maioria das emissões se origina da compra de bens de consumo, serviços de alimentação, consumo de energia e de equipamentos.

Resíduos Hospitalares, EPIs e energia

Se você se incomoda por usar máscaras descartáveis, ​imagine quantas delas ​​são usadas em procedimentos médicos. Um profissional da saúde que trabalhe em hospital, por exemplo, tende a usar dez máscaras simples por dia e luvas a cada encontro com paciente, gerando um total de 340 por dia. Antes da covid-19, os hospitais usavam cerca de cinco a seis mil máscaras N95 por ano; com a pandemia, o número cresceu mais de dez vezes.

Ainda no início da pandemia, a geração média de resíduo hospitalar no Brasil por pessoa infectada e internada para tratamento de covid-19 era de 7,5 quilos por dia.

Isso sem contar o consumo de energia. Os hospitais exigem versões bem mais intensivas dos mesmos sistemas usados ​​nas residências: iluminação mais forte nas salas de cirurgia, aumento da troca de ar e filtração e diminuição da variação de temperatura, máquinas de raio-X, monitores de frequência cardíaca, entre tantos outros.

Riscos biológicos e outros resíduos especiais

Cerca de 15% dos resíduos hospitalares são infecciosos, tóxicos ou radioativos. Os hospitais geram meio quilo deles por paciente por dia. A eliminação regulamentada custa até 10 vezes mais do que a eliminação de resíduos urbanos e até 30 vezes mais do que a reciclagem.

Descarte perigoso

Sabemos que o descarte adequado é complexo e, se não for feito corretamente, aumenta o risco de contaminação de água potável, de superfície e subterrânea. Mas o tratamento de resíduos médicos requer o uso de desinfetantes químicos que também apresentam riscos ambientais. Embora a incineração evite a liberação de resíduos médicos no meio ambiente, ela também apresenta desvantagens. A reciclagem desses resíduos é uma boa opção que ainda não está amplamente difundida e a esterilização ainda é um processo que consome muita água e energia.
Outra coisa importante é descartar os remédios que sobrarem ou que estiverem vencidos. Aqui a gente conta como fazer isso da forma mais ambientalmente correta.

Fique bem

Quase metade dos resíduos nesses ambientes é papel e papelão, que são recicláveis. Outras iniciativas que ajudam a reduzir essa conta cara que repassamos ao meio ambiente, por exemplo, a instalação de painéis solares e outras medidas de eficiência energética, desde o isolamento até as luzes que se apagam automaticamente em salas não utilizadas. E grande parte dos hospitais possuem programas e protocolos de reciclagem e separação adequada de resíduos. De toda forma, mas não há muito que o paciente possa fazer para apoiar essas ações. Por isso, manter-se bem já é uma ajuda e tanto! Se a sua própria saúde ainda não é motivação suficiente, tente se manter saudável pelas pessoas que você ama e que precisam de você e, claro, pela saúde do planeta.

Fontes: Earth911 | Green Matters | Springer | Euronews