Mais uma empresa preocupada com o descarte correto do plástico.

A organização não governamental com sede na Holanda, The Ocean Cleanup, fundada por Boyan Slat, coletou com sucesso a primeira leva de plástico de uma grande ilha de lixo no meio do Oceano Pacífico.

Todos os anos, milhões de toneladas de plástico entram nos oceanos, principalmente dos rios, e o plástico que flutua nos oceanos não vai embora sozinho. Foi com esse pensamento que a ONG foi criada. A empresa, fundada em 2013, é sediada na Holanda e conta com 120 engenheiros, pesquisadores, cientistas, modeladores computacionais e funções de apoio, trabalhando diariamente para livrar os oceanos do mundo do plástico.

O projeto utiliza as forças naturais do oceano para concentrar e capturar passivamente o plástico acumulado no Pacífico. O próximo passo, uma vez que o programa estiver totalmente operacional, será retornar esse plástico à terra para reciclagem

O “Great Pacific Garbage Patch” (em português, “Grande Porção” ou “Grande Depósito de Lixo do Pacífico”) é uma ilha gigante de resíduos situada no meio do Oceano Pacífico entre a Califórnia e o Havaí que, uma vez lançados ao mar, acabam presos ali por correntes. Descoberto nos anos 1990, em 2008 já se estimou que o tamanho de tal depósito chegava a 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos.Os cientistas calcularam que levaria milhares de anos para conseguirmos limpar todo esse plástico do oceano, mas Boyan Slat, fundador da The Ocean Cleanup, apresentou um projeto que pretendia fazer o mesmo em menos de dez.

Através de financiamento coletivo e investidores, Slat conseguiu reunir milhões de dólares para tornar seu sonho realidade, o que finalmente começou a acontecer. O System 001/B foi lançado em Vancouver, no Canadá. Essa é a segunda tentativa da organização de aplicar seu projeto de limpeza ao Pacífico.

Desta vez, a equipe de Slat obteve sucesso. Não somente o sistema conseguiu coletar grandes pedaços visíveis de plástico residual, bem como redes gigantes associadas a pesca comercial e microplásticos de apenas um milímetro de comprimento. “Depois de iniciar essa jornada há sete anos, este primeiro ano de testes em alto mar indica fortemente que nossa visão é viável e que o início de nossa missão de livrar o oceano do lixo plástico, que se acumula há décadas, está ao nosso alcance”, anunciou Slat.

Claro que ainda há muito trabalho pela frente. A The Ocean Cleanup quer aproveitar a experiência bem-sucedida do System 001/B para lançar um novo e melhorado sistema, o System 002, capaz de reter o plástico coletado por períodos maiores de tempo. Essa próxima fase da missão ainda depende de mais testes.

A poluição do plástico não afeta apenas a vida marinha, mas também carrega poluentes tóxicos para a cadeia alimentar – uma cadeia alimentar que inclui nós, humanos. A empresa afirma que seu objetivo é sair do mercado assim que os oceanos estiverem limpos. Com uma afirmação dessa, a contribuição da The Ocean Cleanup, que já era importante portanto, agora é vital!

Fontes: Hypescience | The Ocean Cleanup