Bilhões de agulhas e seringas são usadas todos os anos, entre profissionais de saúde e cidadãos comuns. Sabemos que, se descartadas de maneira inadequada, podem criar um risco biológico sério.

Esse acúmulo de resíduos pode, ainda, atingir o pico de todos os tempos com a chegada das vacinas contra a COVID-19, mas estudantes mexicanos de desenho industrial preocupados com o planeta descobriram uma série de oportunidades na estrutura e na funcionalidade da seringa que podem levar a uma mudança no descarte, uso e atuação do profissional de saúde ou paciente que a manipula.

Estamos falando da Helix, uma seringa dobrável que nasceu de um projeto desses universitários para testar as bases de um design avançado voltado para uma necessidade comum. A ideia foi viabilizar a criação de um produto de uso diário e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto da ação humana no meio ambiente.

Considere uma seringa convencional, com tubos de plástico, agulha de aço fina, polietileno, borracha, resina, cola e corante térmico. Para tornar o processo de construção menos trabalhoso, caro e prejudicial ao meio ambiente, a Helix é construída com um único material: FlexiOH UV, um tipo de silicone termofixo. Só isso e ponto.

Para manter a flexibilidade das partes dobráveis ​​da seringa e a rigidez da agulha, os designers usaram a chamada “cura térmica”, um processo de termopolimerização, que é basicamente um endurecimento induzido pela temperatura. A estrutura de silicone cristalina da seringa pode transportar os líquidos da vacina e, para ser esvaziada, basta espremê-la.

Como funciona?

O medicamento pode ser despejado na seringa através de uma porta de carregamento a vácuo localizada acima do êmbolo rígido da agulha. Quando estiver pronto para uso, o êmbolo desce, permitindo que o medicamento flua livremente com segurança através da agulha de silicone rígida. Helix pode ser descartado completamente sem a necessidade de remover a agulha da seringa antes.

Ao construir a Helix com apenas um material e conferir-lhe uma estrutura compacta e dobrável inspirada nos conceitos do origami, os designers criaram uma alternativa ecológica à seringa e agulha convencionais, reduzindo também o seu tamanho em 30%. Isso torna o armazenamento mais fácil e seguro e, no pós-descarte, como ocupa menos espaço no incinerador, reduz a quantidade de queimaduras necessárias para uma desintegração segura.

A iniciativa ainda está em desenvolvimento mas, considerando que esta é uma indústria que produz mais de dois milhões de toneladas de lixo hospitalar anualmente e cerca de 6.600 toneladas todos os dias, não deixa de ser uma excelente notícia e com perspectivas pra lá de inspiradoras! Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.

Fontes: Futuro Prossimo | Razoes para Acreditar | Wix